segunda-feira, abril 09, 2007

Usando créditos

Na véspera desta Páscoa, meu primo dirigia pela Rodovia Castelo Branco, uma estrada larga e moderna, em direção à minha terrinha, Sorocaba, quando foi surpreendido pelo vôo da capota de uma pick up – essas coberturas rígidas que se adicionam em camionetes – bem à sua frente. Ao tentar evitar um choque de conseqüências imprevisíveis, ele desviou, derrapou e acabou capotando várias vezes, destruiu seu automóvel, mas saiu-se praticamente ileso.

Ao nos contar a aventura (ou desventura) ele comentou que pra sair vivo de um acidente dessa gravidade ele deve ter usado alguns dos créditos que possuía.

Ponderei que, no meu caso, eu teria ficado em débito, pois meus créditos com Ele não devem ser muitos, se de fato tenho algum...

Chegamos à conclusão que as chances e oportunidades que temos de morrer são tantas (doenças, acidentes, violências) e de tal forma diárias, que só estamos vivos porque Ele assim o quer. Não há crédito que possamos adquirir na vida que nos mantenha vivos, tal o número e grandeza das ameaças a que estamos sujeitos a cada minuto.

Interessante que tal constatação, longe de nos deixar aterrorizados, tem um efeito liberador, permite curtir mais o dom da vida, apreciar os momentos bons e relevar os ruins. Afinal, podiam não existir!

O carro deu PT (perda total), que o seguro cobre, mas, pensando bem, houve lucro!

Um comentário:

alealb disse...

precisamos mesmo pensar mais nisso...
acho que assim dependemos de Deus mais e mais e mais e mais....
beijos,
alê