É interessante notar que, toda vez que acontece um grande acidente (avião, edifício, ônibus, ...) e começam a investigar as suas causas, aparecem logo as hipóteses de "erro humano". Geralmente o termo vem acompanhado por um pouco dissimulado desejo de culpar alguém (piloto, motorista, cirurgião, engenheiro, etc).
O termo "erro humano" é pleonástico e enganoso. É, sim, um erro.
Porque, na verdade, todo erro É humano. Mesmo que o transpoder do Legacy tenha um defeito e não tenha sido desligado pelos pilotos, a causa do problema continua sendo um erro humano. Erro de quem projetou, ou fabricou, ou instalou ou fez a manutenção do equipamento. De qualquer forma, a causa da morte de 155 pessoas do vôo da Gol foi um ERRO HUMANO.
Não adianta, agora, procurarmos pelo "responsável", pelo "culpado", a fim de o "crucificarmos". A única coisa sensata a fazer é buscar conhecer e entender a causa, e procurar meios de impedir que ela se repita.
Lógico que as penalidades cabíveis devem ser aplicadas aos responsáveis. Mas não é essa a solução. O ser humano erra, infalivelmente. Devemos, sim, buscar meios de evitar o erro, corrigí-lo antes que cause dano, minimizar suas consequências, e aprender com ele.
Será que isto acontecerá neste caso. Seria o mínimo que poderíamos fazer em honra aos que morreram, para que não tenham morrido em vão.
quinta-feira, outubro 05, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Já achei a solução. Inventar uma coisa que voe, levando muitos passageiros e seja 100% segura.
Muito bom esse post.
Você escreve muito bem.
Postar um comentário