Fico feliz em viver no Brasil, apesar dos pesares. Poderia estar na Somália, ou ter vivido em Serra Leoa, em 1999... O filme me deixou inquieto, triste e aliviado ao mesmo tempo.
Inquieto, porque há tanto o que fazer pela humanidade sofrida deste mundo “globalizado” (palavra que, para mim, significa misérias multiplicadas e riquezas concentradas); coisas que são viáveis e que podem aliviar, pouco que seja, o sofrimento dos miseráveis - mulheres e crianças que morrem como moscas. E a gente ainda se preocupa com coisas tão mesquinhas e egoístas...
Triste, porque a ganância pelo dinheiro e poder é ilimitada e tem vencido, mesmo quando é aparentemente derrotada: há sempre alguém lucrando com o sofrimento alheio.
Aliviado, porque tenho sido poupado por Deus de tragédias como a do filme. Aliviado porque, assim como a jornalista e o africano - impotentes e jogados ao sabor dos acontecimentos – percebo que minhas atitudes e ações podem e tem causado o bem, vez em quando. Também porque, mesmo no mais ganancioso e egocêntrico dos homens - como o contrabandista mercenário – ainda brilha a centelha do amor divino, que pode brotar e frutificar quando menos se espera.
Hoje, dia 1 de fevereiro de 2007, ficarei às escuras, com aparelhos elétricos desligados, das 19:55 às 20:00 horas. É pouco, mas eu o farei... esperançoso.
Um comentário:
Me solidarizo com você, com o filme e ao movimento contra o aquecimento global (as luzes se apagaram por aqui, também).
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