Letras imensas, em "outdoor" da minha cidade, afirmam: "O importante é saber onde voce quer chegar." A publicidade é de uma escola de ensino superior.
Ricardo Semler - se você não sabe quem é, coloque o nome dele no Google... - afirmou numa entrevista à revista Você S.A. de 2003: "Se me perguntarem onde a Semco (empresa dele) vai estar daqui a 5 anos, digo que não interessa. Eu quero saber é como ela vai chegar lá."
Minha formação cristã me deixa incomodado com a primeira e entusiasmado com a segunda. O povo escolhido por Deus sempre esteve "a caminho". Os desafios foram sempre "como caminhar". A Terra Prometida, a Nova Jerusalém, o Paraíso, os Céus, enfim tudo o que conceitua o "onde" sempre ficou por conta do Senhor Deus. Ao povo sempre coube cuidar das atitudes e comportamentos enquanto caminha. E Jesus só ensinou isso.
Tenho tentado viver assim. Alguns acham que na minha idade (55) e com minha experiência e formação, eu já deveria ter alcançado alguma coisa mais na vida (sucesso, bens, status, poder). Prefiro não examinar onde cheguei, mas como. Se o que fiz foi honrado, justo, generoso, dedicado e sincero, então estou onde devia estar e cheguei onde devia chegar. Caso contrário, nada do que consegui (e consegui muito) tem valor algum.
Tecnicamente, os meios são importantes, o processo é fundamental. A validade dos fins e do produto depende essencialmente do como foram alcançados. A ponto de não interessar se o objetivo foi ou não alcançado.
O sucesso, em si, não me diz nada, "eu quero saber é como vou chegar lá".
E você?
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
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3 comentários:
uau...
gostei muito do post.
bem, respondendo sua pergunta (nem sei bem se estou respondendo, você analise...)
eu quero estar onde e como o Pai quer que eu esteja.
com certeza vai ser melhor assim.
mesmo que algumas vezes isso incomode...
beijos,
alê
Obrigado eplo incentivo, Ale.
Quanto à sua resposta, tirando a alternativa milagrosa (nós grutenses não somos agraciados com ela), é muito mais fácil saber se estamos no "como" certo do que no "onde", não acha?
Um abraço
sim, com certeza!
(mas somos grutenses, daí tudo pode ser questionado... :) )
beijos,
alê
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