sexta-feira, setembro 29, 2006

Uma mentira chamada estatística

Recebi 2 emails esta semana:
um afirmava que o governo Lula é o pior da História recente da República e provava com uma imensa lista de dados estatísticos comparando-o com o governo de FHC;
o outro, com igual lista de dados variados, provava estatísticamente, que Lula é, sem dúvida, o melhor presidente que o Brasil já teve.
A quem dar crédito? Às fontes? Um email veio de um parente chegado e querido; o outro, de um ex-colega de faculdade, também querido e muito correto.
Quem está certo? Alguém está mentindo?
Nenhum. E ambos. Involuntariamente.
Ao fiarem-se em dados estatísticos para julgarem um governo, deram crédito à "mentira estatística". Escolhe-se os números, apresenta-os de forma adequada e... voilà! Qualquer um torna-se qualquer coisa.
Estatística não mostra o esforço, a dedicação, a sinceridade, a honestidade, a dificuldade, o imprevisto envolvido no dado estatístico. Digo "dado" propositalmente. Dado é um conjunto de fatos; quando adquirem significado, utilidade, tornam-se "informação".
Portanto, cuidado, ao pesarem prós e contras do governo Lula para decidirem em quem votar. Se voce se fiar na estatística, vai votar errado. Mesmo que acerte.
Boa eleição pra todos!!!

quarta-feira, setembro 27, 2006

Goiabas Roubadas... (à moda de PBrabo)

Fim da história

Ricardo Gondim

Há alguns anos, um obscuro funcionário do Departamento de Estado norte-americano propôs que a história chegara ao fim. O nome de Francis Fukuiama logo se tornou conhecido nos meios acadêmicos. Seus argumentos causaram enorme furor entre os defensores da dialética histórica. Ele defendia que o fim das grandes utopias, principalmente o esfacelamento da proposta soviética de um estado marxista, exauria a possibilidade de se escrever “História”, com agá maiúsculo. Estaríamos condenados a um futuro que tediosamente se alongaria numa sucessão de fatos menores, portanto, uma “historinha” – meros acontecimentos cotidianos.

Ele simplesmente expressava a mentalidade de uma época, também chamada de pós-modernidade. Um contrapé histórico, caracterizado pela decepção com as propostas do iluminismo europeu e com as afirmações da modernidade. Eram elas: a) o avanço do saber científico; b) o domínio da natureza pela tecnologia; c) o aumento exponencial da produtividade e da riqueza material; d) a emancipação das mentes após séculos de opressão religiosa, superstição e servilismo; e) o progresso e salvação dos povos pelas instituições políticas; f) o aprimoramento intelectual e moral dos homens por meio da ação conjunta da educação e das leis. Não se aguarda mais o paraíso proletário sonhado por Marx, o eldorado do capitalismo ocidental ou o mundo feliz do positivismo em que imperam a “ordem e o progresso”.

Realmente parece que se acabaram os sonhos, que se arriaram as bandeiras apaixonadas das idéias e que os visionários cederam lugar aos hedonistas. Os grandes ideólogos dos partidos políticos, acossados nos corredores das universidades, cederam os palcos para os marqueteiros. Diminuíram as barricadas e trincheiras nas ruas das grandes cidades – os jovens optaram pelos corredores refrigerados dos shoppings. A China, maior país comunista do planeta, criou um novo paraíso capitalista, com instituições políticas totalitárias e uma economia de mercado.

Idealistas, idealistas mesmo, restaram os fundamentalistas islâmicos, defensores de um mundo pré-moderno, guerreiros dispostos a deitar suas próprias vidas por um Estado teocrático. Vislumbram um mundo homogeneizado pelo Corão e sujeito à disciplina e censura de um Ministério de Costumes e Tradição, que condenaria as mulheres a retrocederem séculos, sujeitando-as novamente às mordaças medievais.

Fora esses segmentos islâmicos mais radicais, o mundo carece de sonhos e ideais. Gabriel Perissé afirma que uma das idéias mais fortes que leu na sua vida estava pichada em um tapume e dizia: “Se você está tranqüilo é porque está mal informado”. Entorpecemos nossas consciências com a desinformação. A televisão nivelou-nos por baixo. A avalanche de novos fatos que se sucedem em um mundo globalizado não nos deixa tempo para a reflexão. Sucumbimos a um rápido processo de imbecilização. Há uma cultura de consumo que anestesia o Ocidente.

Fernando Pessoa, em seu magnífico Livro do Desassossego, afirmou que, ao herdarmos uma descrença generalizada tanto no “cristianismo como na igualdade social e na ciência e nos seus proveitos”, acabamos nos contentando em meramente viver. E arremata inclemente: “Ficamos, pois, cada um entregue a si próprio, na desolação de só sentir viver. Um barco parece ser um objeto cujo fim é navegar; mas o seu fim não é navegar, senão chegar a um porto. Nós encontramo-nos navegando, sem a idéia do porto a que nos deveríamos acolher”. O veredicto de Pessoa, mesmo vaticinado há quase 100 anos, é doloroso: “Sem ilusões, vivemos apenas do sonho, que é a ilusão de quem não pode ter ilusões [...]. Sem fé, não temos esperança, e sem esperança não temos propriamente vida. Não tendo uma idéia do futuro, também não temos uma idéia de hoje, porque o hoje, para o homem de ação, não é senão um prólogo do futuro. A energia para lutar nasceu morta conosco, porque nós nascemos sem o entusiasmo da luta.”

Melancolicamente, também constato que a esperança igualmente anda trôpega entre os cristãos. Percebo que nos contentamos em repetir dominicalmente nossos cultos. Sujeitamo-nos à ladainha enfadonha de orações prontas, paliativos espirituais em um mundo inclemente. Acomodamo-nos silenciosamente em viver contentes por simplesmente existirmos.

Mas algo dentro de mim se revolta. Quero sonhar. Não estou contente em viver por viver. Preciso navegar rumo ao “grande Porto”. Não aceito que a “roda viva” carregue irremediavelmente o “destino pra lá”. Não aceito viver na fronteira da complacência e do comodismo. Quando Chico Buarque compôs “Roda Viva”, em 1967, expressou o clamor de minha geração: “A gente vai contra a corrente / Até não poder resistir / Na volta do barco é que se sente / O quanto deixou de cumprir”.

Partilho do sentimento de Vaclav Havel, o dramaturgo tcheco: “Esperança não é lutar porque vai dar certo, mas porque vale a pena”. Tenho esperança, sem saber bem e ao certo como será o amanhã, mas que vale a pena lutar por ele. Aguardo, sem qualquer prova, um porvir melhor, menos kafkiano. Acredito na graça comum, distribuída sem acepção, que nos habilita a construir um mundo justo e verdadeiro. O evangelho é boa nova, contradiz a entropia física e nos convoca a lutar mesmo que nunca contemplemos resultado prático.

Decidi que não preciso estoicamente esperar um futuro sombrio. Não me acomodarei à profecia de mau agouro do Fukuiama. Renovarei, neste novo ano, meus ímpetos juvenis e não aceito que estejamos preparando uma “Gotham City” para os nossos filhos.

Ambiciono encarnar o que Ghandi propôs: “Quero ser no mundo aquilo que quero ver no mundo”. Se quiser ver no mundo idéias valerem mais que conveniências, abraçarei minhas convicções com tanta paixão que renasçam coerências e coragem, paixão e compaixão, ação e ternura. Quero entregar-me de tal forma aos ideais do reino que, sem heroísmos quixotescos ou messianismos inconseqüentes, possa deixar um mundo melhor para a próxima geração.

Escreverei mais e com a convicção de que posso iluminar com minhas palavras. Certo escritor conta que, quando menino, presenciou uma operação cirúrgica improvisada em sua pequena cidade, no meio da noite, sobre a mesa de uma farmácia. Era preciso suturar, sem anestesia, um homem retalhado, vítima de uma chacina. E ele, o menino, o futuro escritor, ficou com a incumbência de segurar o lampião. Tremendo. Assustado. Não podia fazer nada. Mas iluminava a cena.

Lutarei por ideais, abraçarei causas, romperei com as minhas zonas de conforto. Farei de meu discurso religioso uma arma que apunhale a mediocridade, desmonte estruturas sociais perversas e que seja sempre uma contradição ao espírito desta época.

Acreditarei na força da igreja. Não a institucional, mas aquela que, inaugurada no Pentecostes, saiu a salgar e a encarnar o reino de Deus entre as pessoas. Trabalharei para que o corpo de Cristo não infantilize ou aliene, mas produza o “novo homem” que pode gerar sociedades solidárias, economias justas e um mundo com menos ódio.

Desejo dar-me às pessoas, cultivar amizades. Acreditar que as fagulhas da bondade de Deus na humanidade ainda prevalecem diante das trevas. Quero aprender a ingenuidade e desaprender a esperteza, aumentar minha paciência e diminuir minha aspereza.

Plagiarei, sem remorsos, as palavras de Jeremias: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3.21). Até que se levante “o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas” (Ml 4.2). Maranata!

Soli Deo Gloria.

revista Ultimato, jan-fev 2003

segunda-feira, setembro 25, 2006

A acusação e o acusador

É generalizado, neste país, uma pessoa acusada de crime defender-se acusando o acusador de falta de “moral” para acusar. Isto acontece principalmente no meio político. É uma espécie e inverso do “Sabe com quem está falando?”. É o “Sabe quem é que está me acusando?”.

Pois é. Agora estamos discutindo mais um dossiê e os debates giram em torno das investigações para se punir quem tentou apropriar-se do tal dossiê para prejudicar candidatos.

Da veracidade e validade das informações contidas no dito cujo... nada!

Acho execrável a ação dos agentes políticos que tentaram apossar-se do dossiê. Baixeza imoral e antiética. Devem ser punidos com a eliminação da vida pública.

Mas... e o dossiê? Também não será importante, essencial até, desvendar seu conteúdo e punir eventuais culpados de se beneficiarem com o esquema dos sanguessugas?

Veremos.

sábado, setembro 23, 2006

Jeitinho e jeitinho...

Meu amigo Paulo Moreira Leite informa no seu blog no Estadão que metade dos brasileiros concorda com o "jeitinho brasileiro" e pergunta a opinião ao leitor.
Concordo com um tipo de jeitinho nosso. Dou exemplo:
Há anos, uma bibliotecária foi fazer um estágio em uma imensa biblioteca americana, em Washington. Lá havia à disposição os mais avançados recursos. Pediram-lhe para fazer uma tarefa e deram-lhe uma explicação e um prazo. Ao fim da metade do prazo, a brasileira procura sua chefia para entregar a tarefa feita e perguntar o que mais poderia fazer. Recebeu uma bronca pois não esperavam que realizasse o serviço em tão pouco tempo. Afinal, eles não sabiam o que mais dar pra ela fazer, a não ser quando chegasse o prazo que lhe haviam dado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Esse jeitinho eu admiro. Muito.
Quanto ao outro, o famoso "levar vantagem em tudo, certo?", esse abomino como uma praga que dizima o povo brasileiro; talvez o pior dos nossos males.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Dossiês, politicagem, pastores, eleições...

Meu grande amigo R. Muniz teve publicado no Estadão online de hoje matéria sobre o famoso Dossiê Cayman, de 1998 (parabéns, Ricardo!).

O texto transparece uma intenção - do pastor ou do jornal, não sei – de jogar sobre o PT a culpa pelo embroglio em que o pastor se meteu.

À parte da malícia com que políticos e partidos manipulam a verdade pra fins eleitorais, o artigo me fez lembrar frase famosa da campanha americana anti-drogas: “Just say no”.

Concordo que há situações em que é muito difícil dizer “não”. Mas a responsabilidade, mesmo com atenuantes, por aceitar um papel como esse, continua sendo que quem cometeu o ato insano.

Como disse Brabo, “salvo engano”.

terça-feira, setembro 19, 2006

Soluções ?!?!

Paulo Brabo (www.baciadasalmas.com) desafia-me a propor soluções em relação ao meu post anterior.
Não tenho. Aliás, tenho, mas é inviável. Então, não é solução, né?
Trata-se de uma nova Constituição. Com apenas um artigo e um parágrafo.
"Art 1- É obrigatório o uso do bom senso e da vergonha na cara.
Parágrafo único - revogam-se as disposições em contrário" (Millor Fernandes)
Pode ser impossível, mas que dá gosto imaginar, isso dá. Talvez por isso a gente não desista de tentar melhorar esse país. Porque é possível ao menos imaginá-lo melhor... e como seria bom!!!
O que me faz lembrar a frase de um ex-colega, da ACM de Belo Horizonte: "meu compromisso é com o esforço, não com o resultado".
É isso aí, Paulo, vamos levando.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Odioso...

"O mais odioso é constatar que o diagnóstico dos problemas é o mesmo e está claro como nunca. Tanto o Lula convertido quanto os tucanos escolados sabem que a Previdência está quebrada, que a carga tributária de 40% do PIB não dá mais, que o Orçamento está engessado, que o investimento é baixo, que a educação é uma piada...

Concordam com isso e não fazem nada, paralisando o país em nome de disputas políticas cretinas e vaidades, explicitadas agora em discursos inflamados ou em cartas ressentidas.

Não há outro nome para o que se tem feito no Brasil. É um crime, livre e democrático. "

Artigo publicado hj (18/9) na Folha, de autoria de Fernando Canzian.

Assino embaixo eu também.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Hipocrisia

A notícia já tá meio velha, mas como não consegui engulir essa, o melhor é desabafar.
Kalil Gibran disse que "quem fala a verdade com malícia, mente."
O Câmara aprovou a quebra do voto secreto nas votações do Congresso. Um mes antes da eleição !!!! Pura demagogia...
Ainda mais porque há necessidade de segunda votação, e como ela vai acontecer só depois das eleições, pode ser facilmente jogada no lixo, pra voltar nas próximas eleições novamente, com a mesma hipocrisia.
Eu ainda lembro de gente que se dizia contra a reeleição. Antes de ser eleito, óbvio...
Haja cara-de-pau!!!!

quinta-feira, setembro 14, 2006

Felicidade nacional

Li há poucos dias sobre "índices de felicidade nacional". O texto fala que o Brasil tá mal no ranking.
Se não me engano, um dos países "felizes" é o Canadá.
Hoje os jornais noticiam o tiroteio numa escola de Montreal, efetuado por um rapaz de 25 anos, contra alunos da escola. Um morto e vários feridos graves. O atirador foi morto pela polícia.
Conheço Montreal, cidade lindíssima, culta, rica, maravilhosa mesmo.
Mas, não troco a nossa "infelicidade" nacional pela "felicidade" deles. Aqui ainda lutamos para sobreviver. Lá, lutam para morrer.
Não, obrigado.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Restituição

Um dos princípios jurídicos do Antigo Testamento que se está perdendo é o da "restituição". O autor de um crime era condenado a restituir o prejuizo causado a outrem.
Pois é. No incrível gol do gandula, que relatei ontem, este princípio foi totalmente ignorado.
Soube hoje, que o time em cujo campo aconteceu o absurdo foi punido com perda de mando de vários jogos do campeonato. E que os juizes envolvidos poderão ser suspensos por longo tempo.
E a restituição? Foi pro espaço. O time prejudicado (no caso, o time da minha cidade!!!) ficou a ver navios. Não terá anulado o gol que não existiu, não ganhará os pontos do jogo, ficou com o prejuizo, sem restituição.
Se jogassem futebol nos tempos de Moisés, o resultado seria outro...

terça-feira, setembro 12, 2006

Simplesmente... incrível!!!

Um amigo joga no time de futebol profissional da cidade que passou pela impressionante experiência de ter um gol contra seu time ser validado apesar da bola nunca ter passado pelo gol.
O gandula colocou a bola dentro do gol depois dela ter saído pela linha de fundo. Aparentemente o bandeirinha se confundiu, e a juiza não viu o que havia acontecido e seguiu o bandeira.
Hoje, as cenas estavam em todos os canais de TV. Comentava-se como algo tão incrível podia acontecer. E acrescentavam que nada podia ser feito. O time do meu amigo vai ter que engulir essa.
Mas que é uma grande história pra contar pros filhos e netos é, não? "Sabem, crianças, deixa eu contar da vez que tiveram que inventar um gol inexistente para impedir a vitória do time espetacular no qual eu jogava, lá pelo começo do século. Foi assim..."

domingo, setembro 10, 2006

Felicidade...

Não, não é a música do Martinho. É a pesquisa eleitoral que andaram fazendo, que iniciava perguntando se o entrevistado se considerava feliz, e se considerava o povo brasileiro feliz. Resultado: um montão (+ de 70%) de gente se acha feliz, e pouca gente (- de 30%) acha que o povo é feliz.
Pergunta infeliz. Respostas mentirosas ou inadequadas.
Não existe gente feliz. A gente se sente ou não feliz num determinado instante. Só isso. Felicidade é um estado de espírito, não um componente da personalidade. Posso me sentir feliz agora, escrevendo, nem por isso sou feliz. Se algo ruim me acontecer neste momento, vou me sentir muito mal.
Portanto se é válida a frase na declaração de independência americana - "...the pursuit of happiness" - a busca de momentos felizes é que faz a felicidade. Quem souber identificá-los, coletá-los e apreciá-los, esse é um homem feliz.
E isto (identificação, coleta e apreciação) é uma outra história... Quem sabe a gente conversa num outro post...

terça-feira, setembro 05, 2006

Eleições e emails

Tenho recebido, com frequência, imeios com textos "descendo o pau" no Lula e no seu governo, com intuito de combater sua candidatura à reeleição. As formas variam, desde os sérios, alertando-me para o "desastre" que será a reeleição, aos bem-humorados, sarcásticos, irônicos, passando pelos argumentativos, que tentam me convencer com "fatos" tirados de sei lá que fontes.
Não estou fazendo campanha pra ninguém. Admiro e apóio o envolvimento político das pessoas, no desejo de melhorar a situação do país.
Mas incomoda-me receber estas manifestações, como se todos os problemas do país fossem culpa do Lula e simplesmente desaparecerão com a eleição de outro nome...
Quanta ingenuidade!!!

Ausência

Fiquei um tempo, longo, sem escrever. Muitos fatores colaboraram, mas o único que conta mesmo, foi um certo desânimo que tenho sentido nestes dias, que me atrapalham até o trabalho, que também está atrasado.
Por que será? O tal do "bioritmo" talvez seja a alternativa que mais me parece plausível, pois não consigo pensar em qualquer outra coisa acontecendo comigo (exceto envelhecimento) que poderia me deixar assim, sem assunto, sem ânimo. Mas envelhecer é algo com que vivo há 54 anos, portanto não é fator novo que possa ser a causa dessa ausência. Portanto só me resta ter paciência e esperança que o ímpeto de escrever retorne logo...