O subtítulo do seriado Arquivo X, do qual sou fã, implicava em dois pressupostos: a verdade existe, e, se você encontrá-la, a reconhecerá.
Mas o caminhar da carruagem na política nacional dá a impressão que a verdade, se de fato existe, é algo fluído, que toma diversas formas, e camaleônico, adquirindo cores dependendo da situação, ou de quem a encara.
Fico, então, com um sentimento de impotência diante da situação calamitosa que dizem existir na política nacional. Não sei nem o que é verdade, como posso me posicionar? E caso me posicione, qual a chance de estar certo? E se acertar, qual a possibilidade de alterar a situação?
Até cerca de 5 anos atrás, carregava a esperança de que a mudança política era possível e viria, um dia. Hoje, já não tenho esta esperança e não sei se algum dia houve mesmo a possibilidade de mudar efetivamente para melhor a situação política nacional. Se há, digam-me porque eu não vejo saída.
Ouço muito a frase que hoje estamos pior do que nunca. Sei não... Provavelmente temos apenas mais acesso a mais informações, o que nos causa a impressão de que estamos hoje em situação pior do que antes... Será?
Fico por aqui, por enquanto.
quarta-feira, maio 10, 2006
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2 comentários:
"E o que é a verdade?", perguntou certa vez um marionete político a um prisioneiro.
Na verdade na verdade vos digo, Rubens, que a melhor coisa que lhe aconteceu recentemente foi ter deixado de associar a noção de "mudança" a "política".
Vá e não peques mais. Se houver mudança e quando houver verdade - e sempre as há - ambas permanecerão necessária e invariavelmente à margem do processo político. Como lembrava Tolkien, os políticos não tem vocação para a competência ou interesse nela.
A instituição é uma ilusão conveniente, porque informe como é não tem a quem prestar contas. Apenas o indivíduo existe e será cobrado. Somos, no fim das contas, só eu e você.
E o agente Mulder, que Deus o tenha.
Pois é Paulo. Bem disse o Churchill: a democracia é uma porcaria, pena que não tenhamos inventado nada melhor ainda...
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