quinta-feira, agosto 10, 2006

Obrigado, Marina!

Declarei no post “Faça amor, não faça a guerra” a minha desilusão com minha geração, pois após tantas lutas e “revoluções” nos anos 60 e 70, tornou-se dirigente do mundo, e o mundo piorou muito. Afirmei que a juventude atual não tinha a mesma gana de mudar o mundo, mas que esperava que se tornasse melhor ao chegar ao poder.
Recebi, de Marina Franco Camargo, um amável comentário, que me encheu de alegria e esperança. Por esta razão, transcrevo-o abaixo, com minha resposta.

Boa noite, fiquei sabendo do seu blog através de um comentário seu deixado no blog da Soninha e resolvi dar uma olhada. Infelizmente- ou felizmente- tenho que discordar do senhor. Há sim uma possível omissão de esperança e falta de atitude revolucionária nos jovens de hj. Por parte triste e melancólica, por outra completamente compreensível. Olhe ao redor.. Olhe o país e o mundo em que fomos criados... Fomos criados entre disputas políticas, econômicas, ideológicas... O mais triste, ressalto, é a imposição cultural sobre a vida das pessoas... E essa - a cultura - talvez seja o único patrimônio não deteriorizável do ser humano... Existem jovens hj em dia com esperança, com gana de mudança e com vontade de que, de fato, ela aconteça? Claro que existem... E eu digo que sou exemplo e luto a cada dia pra que isso aconteça... luto no meu interior e aos poucos faço com q isso seja erradicado.. Porém, voltando ao que já citei, em um país com tanta desordem e regresso é "broxante" (desculpe-me a palavra, não consegui imaginar nada melhor!) querer fazer algo para melhorar o que talvez nem a esperança salve.. Mas enquanto estudo, enquanto luto pela minha cultura e pelo mínimo de direitos que ainda consigo ter na prática não desisto. Espero que me tenha feito entender... No mais, parabéns pelo site... Vou virar leitora assídua!! Grande abraço

Marina,
Obrigado por reservar tempo para ler meus posts.
Eu, realmente, não me sinto dono da verdade e posso, sim, estar redondamente enganado
Generalizar é cometer injustiça "a priori".
Há, é verdade, muito engajamento de jovens em muitas boas causas. É preciso reconhecer que o número deles é pequeno se comparado aos que "não estão nem aí". E que os efeitos desse engajamento são pouco visíveis, se comparado com o estardalhaço dos movimentos dos anos 60, não é?
Mas tenho esperança, reforçada pelo teu comentário. Fez-me muito bem.
Obrigado!!!

2 comentários:

Lou H. Mello disse...

Essa possibilidade de interagir, dos blogs, me encanta.

Anônimo disse...

Fiquei completamente encantada!!
Penso que troca de informações e opiniões além de muito importante é fundamental e muito enriquecedor.
Concordo plenamente contigo quando olhamos pros anos 60... E comentamos isso (meu cursinho) em todas as aulas de história quando temos que analisar algum processo histório revolucionário...

Cada um fazendo sua parte é "a gotinha do beija flor" (deixe-me ciente caso não conheça essa fábula).

Adorei a possibilidade de interação (como ressaltou o Lou) e acho q só temos a ganhar... Eu ainda mais, uma cidadã em formação, que quer fazer muito por quem já muito fez por nós.
Grande abraço
E ah, seu blog será divulgado em minhas aulas de redação, onde fazemos, uma vez por mês, um júri (como nos tribunais de verdade) defendendo e acusando causas universais, como o trabalho carcerário e os transplantes de órgãos no brasil.
Creio que será de grande importância pra nós vestibulandos..