"...em geral não damos importância a estes pormenores, mas o destino não é nada do que julgamos, pensamos que está tudo determinado desde um princípio qualquer, quando a verdade é muito diferente, repare-se que para que possa cumprir-se o destino de um encontro de umas pessoas com outras, como no caso de agora, é preciso que elas consigam encontrar-se num mesmo ponto e à mesma hora, o que custa não pouco trabalho, bastava que nos demorássemos, pouco que fosse, a olhar uma nuvem no céu, a escutar o canto duma ave, a contar as entradas e saídas de um formigueiro, ou, pelo contrário, que por distracção não olhássemos nem ouvíssemos nem contássemos e seguíssemos adiante, e lá se deitava a perder o que tão bem ensejado parecia, o destino é o mais difícil que há no mundo..."
Tiago para José, irmãos de Jesus, à sua procura, em "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" de José Saramago.
quinta-feira, agosto 30, 2007
quarta-feira, agosto 29, 2007
Observações de um turista distraído - 9
Uma das melhores coisas da minha viagem pela Itália foi percorrer de carro um trecho central do país, entre Roma e Florença. Por serem duas das mais importantes do país, há uma auto-estrada moderna que liga as duas cidades. Mas não foi por ela que percorremos a distância de pouco mais de 300 km. Foi por estradas secundárias, mas não menos bem conservadas, que passam por algumas jóias da urbanização medieval italiana: Orvieto, Spello, Todi, Assis, San Giminignano, Pisa, Lucca e outras.
No vai-e-vem e no sobe-e-desce das curvas da estrada, fomos surpreendidos constantemente por cenas lindíssimas, de campos, matas, vales e montes - estes, vez em quando, com um castelo, ou até mesmo uma cidadezinha inteira empoleirada no cume.Foi a parte mais tranquila e relaxante da viagem. Durou pouco, só tres dias, mas deixou saudades e vontade de voltar.
sexta-feira, agosto 24, 2007
Aguardem...
Mais uns dias e eu terei recebido o que me devem - toc, toc, toc - e então virei a público, que ávido por escândalos, deliciar-se-á com a exposição das baixezas das nossas elites, mais um caso de de uso torpe do poder econômico para humilhar e aviltar um pobre cidadão comum - eu.
Não percam, voces se emocionarão às lágrimas com o meu sofrimento, rirão de chorar com minha crítica ferina e impiedosa contra os poderosos deste mundo, se espantarão com a audácia do capitalismo selvagem e torcerão pela vitória final do humilde herói - este que vos escreve.
Inté, então.
Não percam, voces se emocionarão às lágrimas com o meu sofrimento, rirão de chorar com minha crítica ferina e impiedosa contra os poderosos deste mundo, se espantarão com a audácia do capitalismo selvagem e torcerão pela vitória final do humilde herói - este que vos escreve.
Inté, então.
segunda-feira, agosto 20, 2007
Recuperando o tempo perdido...
Queridos leitores,
Abaixo estão dois posts que estavam entalados na garganta há dias e só agora consigo postá-los. As respectivas músicas estarão disponíveis no "boxnet" assim que me for possível fazer o up load.
Um grande abraço a todos os meus leitores, não importa que sejam poucos, tenho-os no coração!
E obrigado pelos seus comentários! Divertem-me e inspiram !!!
Abaixo estão dois posts que estavam entalados na garganta há dias e só agora consigo postá-los. As respectivas músicas estarão disponíveis no "boxnet" assim que me for possível fazer o up load.
Um grande abraço a todos os meus leitores, não importa que sejam poucos, tenho-os no coração!
E obrigado pelos seus comentários! Divertem-me e inspiram !!!
Aos detratores de R. Gondim...
"So, so YOU think you can tell
Heaven from Hell,
blue skies from pain.
Can you tell
a green field from a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
And did they get you to trade
your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange
a walk on part in the war
for a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls
swimming in a fish bowl,
year after year, (mesmo que voce pense que não!)
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears.
Wish you were here."
“Wish you were here”, na interpretação de Pink Floyd.
Para ouvir, clique aqui
Heaven from Hell,
blue skies from pain.
Can you tell
a green field from a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
And did they get you to trade
your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange
a walk on part in the war
for a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls
swimming in a fish bowl,
year after year, (mesmo que voce pense que não!)
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears.
Wish you were here."
“Wish you were here”, na interpretação de Pink Floyd.
Para ouvir, clique aqui
Pra VOCÊ leitor...
“Foi Deus quem fez o céu
O rancho das estrelas
Fez também o seresteiro
Para conversar com elas
Fez a lua que prateia
Minha estrada de sorrisos
E a serpente que expulsou
Mais de um milhão do paraíso
Foi Deus quem fez VOCÊ
Foi Deus quem fez o amor
Fez nascer a eternidade
O momento de carinho
Fez até o anonimato
Dos afetos escondidos
E a saudade dos amores
Que já foram destruídos
Foi Deus
Foi Deus quem fez o vento
Que sopra os teus cabelos
Foi Deus quem fez o orvalho
Que molha o teu olhar, teu olhar
Foi Deus quem fez a noite
E o violão plangente
Foi Deus quem fez a GENTE
Somente para amar, só para amar
Só para amar...”
“Foi Deus que fez você”, de Luiz Ramalho, na interpretação de Amelinha.
Para ouvir, clique aqui.
Isto é que é Teologia !!! O resto é teologismo...
O rancho das estrelas
Fez também o seresteiro
Para conversar com elas
Fez a lua que prateia
Minha estrada de sorrisos
E a serpente que expulsou
Mais de um milhão do paraíso
Foi Deus quem fez VOCÊ
Foi Deus quem fez o amor
Fez nascer a eternidade
O momento de carinho
Fez até o anonimato
Dos afetos escondidos
E a saudade dos amores
Que já foram destruídos
Foi Deus
Foi Deus quem fez o vento
Que sopra os teus cabelos
Foi Deus quem fez o orvalho
Que molha o teu olhar, teu olhar
Foi Deus quem fez a noite
E o violão plangente
Foi Deus quem fez a GENTE
Somente para amar, só para amar
Só para amar...”
“Foi Deus que fez você”, de Luiz Ramalho, na interpretação de Amelinha.
Para ouvir, clique aqui.
Isto é que é Teologia !!! O resto é teologismo...
quinta-feira, agosto 09, 2007
Raindrops e a Esperança
A famosa música do não menos famoso filme “Butch Cassidy & Sundance Kid” fala como a esperança mantém a alegria mesmo num dia chuvoso.
“Mas uma coisa eu sei, a tristeza que tentam me impingir não me derrotará, em pouco tempo a alegria vai aparecer e me cumprimentar. Os pingos da chuva continuam a cair sobre minha cabeça, mas isto não quer dizer que meus olhos vão marejar – chorar não é comigo – porque nunca conseguirei parar a chuva de tanto reclamar...”
Fez-me lembrar de um texto menos famoso, do profeta Habacuque: “Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor, o Soberano, é a minha força...”
Digo isto porque vi no blog da Alê, uma frase legal sobre o amor, o perdão, a fé e a esperança e, ao ouvir o B. J. Thomas cantando, tudo me veio à mente - a frase, o texto bíblico, a letra da canção – como que fazendo parte de um pensamento só...
Faz sentido?
“Mas uma coisa eu sei, a tristeza que tentam me impingir não me derrotará, em pouco tempo a alegria vai aparecer e me cumprimentar. Os pingos da chuva continuam a cair sobre minha cabeça, mas isto não quer dizer que meus olhos vão marejar – chorar não é comigo – porque nunca conseguirei parar a chuva de tanto reclamar...”
Fez-me lembrar de um texto menos famoso, do profeta Habacuque: “Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor, o Soberano, é a minha força...”
Digo isto porque vi no blog da Alê, uma frase legal sobre o amor, o perdão, a fé e a esperança e, ao ouvir o B. J. Thomas cantando, tudo me veio à mente - a frase, o texto bíblico, a letra da canção – como que fazendo parte de um pensamento só...
Faz sentido?
segunda-feira, agosto 06, 2007
Generoso... ah, tenha dó!!!
A Veja, essa porcaria de revista semanal que fascina e enfeitiça milhões de leitores - pobres coitados - é pródiga em falsas verdades. Kalil Gibran já falara que "quem fala a verdade com malícia, é mentiroso". A revista é o retrato fiel desta frase.
Vejamos. No exemplar desta semana, ela faz comparações entre programas de aposentadorias de vários países latinos. E conclui que "o governo brasileiro é bem mais generoso".
Generoso... Ge-ne-ro-so... GENEROSO???
Como assim? O cidadão trabalha 30, 35 anos recolhendo 8% da sua renda mensalmente para os cofres públicos para, ao fim da vida, receber essa merreca de aposentadoria e a revista diz que o governo é generoso?????
Ah! Tenha dó!!!
Vejamos. No exemplar desta semana, ela faz comparações entre programas de aposentadorias de vários países latinos. E conclui que "o governo brasileiro é bem mais generoso".
Generoso... Ge-ne-ro-so... GENEROSO???
Como assim? O cidadão trabalha 30, 35 anos recolhendo 8% da sua renda mensalmente para os cofres públicos para, ao fim da vida, receber essa merreca de aposentadoria e a revista diz que o governo é generoso?????
Ah! Tenha dó!!!
Fotos Antigas...
quinta-feira, agosto 02, 2007
Herro Umano...
A primeira frase da reportagem de capa da revista Veja desta semana – sobre o terrível acidente aéreo em Congonhas - começa com dois erros: a palavra em si e afirmar que houve “erro humano”.
Erro humano é um pleonasmo. Só existe erro humano! A fauna e a flora não cometem “erros”, o clima, os astros e os movimentos tectônicos não cometem “erros”. Erro é condição humana e portanto, todo erro é humano! Se o acidente do avião da TAM fosse causado por uma pane mecânica, ainda assim seria um erro humano! Por que? Porque tal equipamento foi projetado e fabricado por seres humanos; portanto sua falha é humana!
A prática de acrescentar o têrmo “humano” à palavra “erro” provém da milenar tentativa humana de se esquivar das responsabilidades, ao levantar a hipótese de que outro, que não seja o próprio homem, possa ter errado. “Quem?! Eu!? Não, eu não errei, não. Quem errou foi a serpente...”
Deixemos de rodeios: todo erro é humano e todo humano erra.
Salvo engano.
Erro humano é um pleonasmo. Só existe erro humano! A fauna e a flora não cometem “erros”, o clima, os astros e os movimentos tectônicos não cometem “erros”. Erro é condição humana e portanto, todo erro é humano! Se o acidente do avião da TAM fosse causado por uma pane mecânica, ainda assim seria um erro humano! Por que? Porque tal equipamento foi projetado e fabricado por seres humanos; portanto sua falha é humana!
A prática de acrescentar o têrmo “humano” à palavra “erro” provém da milenar tentativa humana de se esquivar das responsabilidades, ao levantar a hipótese de que outro, que não seja o próprio homem, possa ter errado. “Quem?! Eu!? Não, eu não errei, não. Quem errou foi a serpente...”
Deixemos de rodeios: todo erro é humano e todo humano erra.
Salvo engano.
quarta-feira, agosto 01, 2007
Fotos antigas...
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